sábado, 18 de setembro de 2010

CAMINHO DO ITUPAVA

Não é de se estranhar que o primeiro depoimento tratará sobre o Caminho do Itupava. Eu prometo que vou tentar resumir as informações que eu julgo serem as mais importantes para quem quer conhecer um pouco mais sobre a História do Paraná e a Floresta Atlântica.
Caminho do Itupava. Foto: Harvey F. Schlenker.

Para quem é adepto à caminhada de longa distância em meio à Floresta Atlântica, não pode perder de conhecer esse importante atrativo histórico natural que representa o Caminho do Itupava para o Estado do Paraná.

  • LOCALIZAÇÃO:

O Caminho do Itupava localiza-se na região Sul do Brasil, no Estado do Paraná, entre os municípios de Quatro Barras (distrito de Borda do Campo) e Morretes (distrito de Porto de Cima). Com uma extensão de 22 km entre o planalto e o litoral paranaense, o Caminho do Itupava atravessa a faixa montanhosa da Serra do Mar e corta três Unidades de Conservação Estaduais: Parque Estadual Serra da Baitaca, Área Especial de Interesse Turístico do Marumbi e o Parque Estadual Pico do Marumbi, região de rica biodiversidade e beleza cênica. Destaca-se, ainda, que o Caminho está inserido na área objeto do Tombamento da Serra do Mar (LEI ESTADUAL 1.211/53).

Mapa Ilustrativo de Quatro Barras com o Caminho do Itupava. Fonte: folder Quatro Barras.

Confira ao final do depoimento, como acessar o Caminho do Itupava pelos dois municípios!!

  • INFRAESTRUTURA E FUNCIONAMENTO
Por estar inserida em três Unidades de Conservação Estaduais, a responsabilidade da gestão direta do Caminho do Itupava cabe a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos através do Instituto Ambiental do Paraná, órgão responsável pelas Unidades de Conservação Estaduais.

Nas bases de entrada do Caminho, o visitante contará com os serviços disponibilizados pelo IAP nos centros de apoio (em Quatro Barras e Morretes), incluindo a recepção, atendimento, orientação, cadastramento e monitoramento, ações voltadas para a segurança dos visitantes.

Em Quatro Barras, no distrito de Borda do Campo, há um trailler na entrada do atrativo, esse trailler funciona todos os dias da semana e feriado, 24 horas por dia. O trailler possui 10 m² distribuídos numa pequena sala de recepção e atendimento público. O local é equipado com televisão e DVD, energia elétrica, água e telefone fixo.

Centro de Atendimento Público do IAP (Borda do Campo). Foto: Harvey F. Schlenker.

Já na base de Morretes, no distrito de Porto de Cima, existe um Centro de Visitantes, o serviço de atendimento, orientação, cadastramento e monitoramente ocorre durante toda semana, 24 horas por dia. O Centro de Visitantes conta com 300 m², nele o visitante encontra um mini-auditório, espaço para palestras, mini-curso e para o público em geral assistir o DVD educativos e sobre o Caminho do Itupava. No local também há banheiros feminino, masculino e para portadores de necessidades especiais. Há chuveiros na parte externa, espaço para voluntários e pesquisadores.

Centro de Visitantes do IAP na Estrada das Prainhas (Morretes). Foto: Harvey F. Schlenker.

  • A CAMINHADA:
O Caminho do Itupava possui 22 quilômetros em meio a Serra do Mar, entre Morretes e Quatro Barras, por meio de um caminho calçado por pedras irregulares. Para percorrê-lo, o mais comum é fazer a caminhada toda, no sentido da descida da Serra. Mas pode-se também optar em fazer por pequenos trechos.


Mapa Ilustrativo do Caminho do Itupava. Fonte: folder IAP.

Alguns trechos com declividade bastante acentuada dificultam a caminhada, desgastando os que não possuem preparo físico adequado. A caminhada – realizada com calma e incluindo rápidas paradas de descanso – dura, em média, de sete a dez horas. Por isso, opte em começar a fazer a caminhada por volta das 7h00 e 8h00 da manhã. O grau de dificuldade é pesado e considerado atividade de risco dado pela sua extensão e grau de dificuldade.

O Caminho do Itupava, durante o seu percurso, é sinalizado e bastante visível, porém, é aconselhável fazer a caminhada em grupos que tenha pelos menos uma pessoa já com experiência na área. Caso isso não aconteça, é sugerido contratar um guia/condutor local. Ou, pode-se aguardar um grupo com mais experiência entrar e pegar uma “carona” com eles.

Durante o seu percurso não há infraestrutura de apoio aos visitantes (banheiros e serviços de alimentação e hospedagem), isso ocorrerá somente nas suas entradas de acesso. Em locais de maiores dificuldades existem pontes, passarelas, escadas e dispositivos de segurança.
Passarela em área úmida. Foto: Suelen Marquardt.

Recomenda-se não acampar no percurso do atrativo, isso porque ainda não existe uma regulamentação para tal atividade. As opções de hospedagem concentram-se nos municípios de Quatro Barras e Morretes. Entre no site das Prefeituras e confira as opções!!

Os locais por onde o Caminho atravessa a linha férrea não são permitidos embarque e desembarque de passageiros (somente no Parque Estadual Pico do Marumbi).

Pelo Caminho do Itupava é possível ter acesso a diversos outros atrativos de cunho natural e histórico:

  • Morro Pão de Ló:
É o ponto que marca o início da descida da Serra do Mar. Está situada a direita do caminho, cerca de 1 hora e meia do ponto inicial. Seu curioso nome se deve a associação de sua forma peculiar com o conhecido bolo de fubá, bem característico da cozinha portuguesa. O cume do morro é de fácil acesso e oferece uma vista do Anhangava, de todo o vale abaixo e também do planalto que se estende a oeste.
Fonte: http://itupava.altamontanha.com/anhangava.asp. Acesso em 05/08/2008.
  • Morro Boa Vista:
Após uma hora e meia de caminhada, a partir de Borda do Campo (Quatro Barras), chega-se ao Morro do Boa Vista, ponto mais alto do Caminho do Itupava e início do seu calçamento original. Em dias de céu limpo é possível desfrutar da vista do planalto e da Serra do Mar.

  • Rio Ipiranga:
Primeiro grande rio para quem desce a Serra do Mar pelo Caminho do Itupava. Ótimo local para descansar e tomar banho de rio. O Rio Ipiranga foi represado, a fim de conduzir suas águas para a Usina Hidrelétrica do Marumbi, construída pela então Rede de Viação Paraná – Santa Catarina, para possibilitar o estabelecimento de sua rede elétrica (PREFEITURA MUNICIPAL DE MORRETES, 2005, p. 26).

Ponte sobre o Rio Ipiranga. Foto: Suelen Marquardt.
  • Casa do Ipiranga:
Ponto de parada para descanso. A estrutura hoje deteriorada por vandalismo, faz parte da história do Paraná. Construída alguns anos depois da ferrovia, em local previamente ocupado por um acampamento de operários no cruzamento com o caminho do Itupava, foi edificada para residência do engenheiro chefe da linha e depois utilizada como clube de lazer pelos engenheiros da rede até a privatização da linha, quando foi abandonada e rapidamente destruída. Nela também viveu o pintor Alfredo Andersen por breves temporadas nas quais registrou magníficas paisagens da serra em suas telas a óleo.
Fonte: http://itupava.altamontanha.com/ipiranga.asp. Acesso em 06/08/2008.


Ruínas da Casa do Ipiranga. Foto: Suelen Marquardt.
§   Represa do Véu da Noiva:
Através de uma trilha partindo do Caminho do Itupava, também chamada de Caminho Velho, pois foi abandonada em 1770 com a abertura da passagem pelo Cadeado e parcialmente retomada durante a construção da ferrovia, conduz o visitante até a Represa Véu da Noiva. Construída no final da década de 1950 passou em 1961 a abastecer a Usina de Marumbi com o desvio de parte das águas do Rio Ipiranga através de dois condutos metálicos vencendo um desnível de 400 metros em apenas três quilômetros.

  • Cachoeira Véu da Noiva:
Formado pelo Rio Ipiranga, a cachoeira Véu da Noiva, próximo a Represa Véu da Noiva, possui 70 metros de altura e conta com uma grande piscina envolvida permanentemente pela espessa névoa branca no início da Garganta do Diabo, na Serra do Mar.
Fonte: http://itupava.altamontanha.com/veu.asp. Acesso em 05/08/2008.

  • Santuário do Cadeado:
Inaugurado em 1965, o Santuário Nossa Senhora do Cadeado é um ponto com visão panorâmica da Serra e da Baía de Paranaguá e ponto de parada para os caminhantes do Caminho do Itupava. Está localizado no segundo cruzamento do Caminho do Itupava com a ferrovia, após uma árdua descida. Construído, em madeira, já foi o escritório da Comissão Construtora, pois dali era possível desfrutar de uma vista privilegiada da serra e das obras em andamento. Na década de 1960 foi demolida e o Engenheiro Raphael Semchechem construiu sobre suas fundações o atual mirante e a curiosa capela de Nossa Senhora do Cadeado.
Fonte: http://itupava.altamontanha.com/cadeado.asp. Acesso em 05/08/2008.

  • Rio São João e Rio Taquaral:
Para quem sobe o Caminho do Itupava sentido Quatro Barras, o Rio Taquaral é o primeiro rio a ser transpassado e logo depois encontra-se o Rio São João. Ambas as travessias é feita através das pontes semi-pênsil, um dos cartões postais do Caminho do Itupava. 


Ponte sobre o Rio Taquaral. Foto: Suelen Marquardt.

  • Rio Nhundiaquara:
Chamado antigamente de Rio Cubatão, ele foi importante via de transporte e de desenvolvimento da região (PREFEITURA MUNICIPAL DE MORRETES, 2005, p. 04), principalmente na época da erva-mate. Atualmente é freqüentado por banhistas que lotam as suas margens nos fins de semana de tempo quente para a prática do bóia-cross ou para simplesmente relaxar com a família e amigos.
Fonte: http://itupava.altamontanha.com/prainhas.asp. Acesso em 05/08/2008.

Bóia-cross no Rio Nhundiaquara. Foto: Suelen Marquardt.
  • Salto dos Macacos:
Inserido no Parque Estadual Pico do Marumbi, o pequeno Rio dos Macacos nasce em meio a Serra da Farinha Seca e despenca de um paredão com 70 metros de altura numa profunda piscina, seguida de pequenas corredeiras intercaladas por novas piscinas até novamente se precipitar outros 30 metros pelo Salto Redondo para então seguir seu curso até se juntar ao Rio Ipiranga. A trilha de acesso tem início na estrada das Prainhas, pouco adiante do Centro de Visitantes.
Fonte: http://itupava.altamontanha.com/salto.asp. Acesso em 05/08/2008.

  • Estação Engenheiro Lange:
Para chegar até a Estação Engenheiro Lange, é necessário sair do Caminho do Itupava e seguir pela Estrada das Prainhas até o seu final. A estação de Volta Grande teria sido inaugurada em 1885, e anos mais tarde teve o nome alterado para Engenheiro Lange. Esse nome foi dado em homenagem ao engenheiro Rudolph Lange.
Fonte: http://www.estacoesferroviarias.com.br/pr-cur-paran/englange.htm. Acesso em 07/08/2008.

  • Parque Estadual Pico do Marumbi:
Local ideal para aqueles adeptos ao turismo de aventura, com a prática do montanhismo e da escalada em rocha. Fazem parte do Conjunto Marumbi os seguintes picos: Rochedinho (625m), Abrolhos (1200m), Torre dos Sinos, Esfinge, Ponta do Tigre (1400m), Olimpo ou Marumbi (1539m), Boa Vista e Facãozinho (PREFEITURA MUNICIPAL DE MORRETES, 2005, p. 08). O Pico Marumbi foi escalado pela primeira vez em 21 de agosto de 1879. O Parque possui infra-estrutura para acampamento.

Conjunto Marumbi. Foto: Harvey Schlenker.
  • IMPORTÂNCIA HISTÓRICA:

Com localização privilegiada, o Caminho do Itupava foi muito importante para a história do Paraná, pois fazia parte de uma rede de caminhos que interligavam vilas na região entre o primeiro planalto e o litoral paranaense na época do Brasil Colônia (FILHO; KLÜPPEL; THOMAZ, 2006, p. 23). Caminhos esses que fomentaram a expansão territorial e estimularam o desenvolvimento econômico e social do Estado (SCHMIDLIN; POLINARI, 2006, p. 14).

Apesar das más condições de viagem, durante 200 anos, o Caminho do Itupava foi considerado o preferido entre os tropeiros, exploradores e viandantes, pois ele tinha a vantagem de ser o mais curto dos caminhos que cortavam a Serra do Mar (HABITZREUTER, 2000, p. 15). A sua viabilidade econômica findou com a construção da Estrada da Graciosa e posteriormente com a Ferrovia Paranaguá-Curitiba (SCHMIDLIN; POLINARI, 2006, p. 22).
  • MAIS DICAS DE VIAGEM:
* Planeje bem a viagem: o caminho exige muito preparo físico e mental;
* Faça a caminhada preferencialmente em grupos e nunca sozinho;
* Avise parentes e amigos sobre o seu plano de viagem;
* Procure fazer grupos que pelo menos uma pessoa já tenha tido a experiência da caminhada;
* A contratação de um guia/condutor local não é obrigatório para fazer a caminhada, mas é uma sugestão para aqueles grupos inexperientes ou aqueles que procuram maiores informações turísticas locais;
* Para sua segurança, faça sempre o registro nas Bases do IAP, tanto quando chegar, assim quando finalizar a caminhada;
* Leve uma lanterna boa qualidade com pilhas novas e mais outras reservas. Apesar de você se programar para fazer o Caminho durante o dia, imprevisto sempre pode acontecer;
* Calçado confortável e compatível para caminhadas de longa;
* Não esqueça o lanche e as barras de cereal, frutas (bananas) e água;
* Procure acampar em locais apropriados e autorizados;
* Desfrute ao máximo a natureza... respeite-a sempre!


Caminho do Itupava. Foto: Suelen Marquardt.

  • ACESSOS AO CAMINHO:

Existem duas possibilidades de acesso ao Caminho do Itupava, uma delas pelo município de Quatro Barras (pelo Distrito de Borda do Campo) e outra pelo município de Morretes (pelo Distrito de Porto de Cima).

Borda do Campo

O acesso por Quatro Barras é facilitado pela conservação das vias de acesso e sinalização ao município. O maior trecho se dá em vias pavimentadas dando condições de acesso a todos os meios de transporte. Não há pedágios e no ponto de chegada, em Borda do Campo, o visitante tem a sua disposição estacionamentos particulares. Os principais meios de acesso por Quatro Barras são:

Ônibus de linha (por Curitiba):

No Terminal Guadalupe, no centro de Curitiba, o visitante pode pegar o ônibus intermunicipal para Quatro Barras (via BR 116 - sentido São Paulo), e no Terminal Central em Quatro Barras desembarcar e pegar outro ônibus sentido Borda do Campo e descer no ponto final. A entrada do Caminho está localizada a 400 metros dali (seguir placas indicativas). O percurso de Curitiba até a chegada no Caminho dura em média 01 hora e meia, e as saídas dos ônibus, tanto de Curitiba assim como de Quatro Barras, nos finais de semana, são de hora em hora (consultar no site da Urbs os horários de saída).

Outros meios de transporte (automóvel, van, bicicleta e a pé):

Saindo de Curitiba, o visitante pode seguir para Quatro Barras pela BR-116, sentido São Paulo e, dali, seguir as placas indicativas para Borda do Campo. De Curitiba ao início do Caminho, são aproximadamente 40 quilômetros.

Morretes

O acesso por Morretes também é facilitada pela ótima conservação das vias de acesso e sinalização ao município. Até o distrito de Porto de Cima o trecho é pavimentado. Deste ponto até a entrada do Caminho, pela Estrada das Prainhas, há um trecho sem pavimentação, dificultando até num certo trecho a passagem de meios de transporte mais pesados, como ônibus. As principais opções de acesso por Morretes são:

Ônibus de linha (por Curitiba):

Na Rodoferroviária, no centro de Curitiba, o visitante pode pegar o ônibus da Viação Graciosa para Morretes, via Estrada da Graciosa, e desembarcar em Porto de Cima, na entrada da Estrada de Prainhas. Desse ponto até o Centro de Visitantes são 04 km a pé. O ônibus possui apenas um horário de saída, às 07h45 da manhã (possível de alteração).

Outra opção é o visitante pegar o ônibus na Rodoferroviária em Curitiba, pela mesma viação, sentido Morretes, porém via BR 227, e descer na Rodoviária de Morretes, no centro da cidade. Nesse ponto, o visitante tem a opção de pegar táxi ou ônibus até Porto de Cima. De Morretes até Porto de Cima são 10 km.

Outros meios de transporte por Curitiba (automóvel, van, bicicleta):

O acesso para chegar a Morretes, de quem sai de Curitiba, se dá pela BR 277 e em seguida pela PR 408 até Porto de Cima, à cerca de 78 km da capital. A rodovia federal está em ótimo estado de conservação, porém é pedagiada (consultar o site da Ecovia para informações sobre valores e condições da estrada).

Outra opção é o visitante partir pela BR-116 (sentido São Paulo), a 37 km de Curitiba, e descer a Serra do Mar pela Estrada da Graciosa (PR 410) até Porto de Cima. Não há pedágio por essa rodovia.

Ferrovia:

Na Rodoferroviária, no centro de Curitiba, o visitante pode pegar o trem ou a litorina e desembarcar na Estação Ferroviária no centro de Morretes. O tempo de percurso é de aproximadamente 03 horas. Dali o visitante pode pegar uma condução (táxi ou ônibus) até Porto de Cima.

Trem - Serra verde Express - pela Serra do Mar. Foto: Suelen Marquardt.
  • PARA MAIORES INFORMAÇÕES:

IAP – Base Borda do Campo (Quatro Barras): (41) 3554-1531
IAP – Parque Estadual Pico do Marumbi (Morretes): (41) 3462-2954
IAP – Instituto Ambiental do Paraná (Curitiba): (41) 3213-3700
Prefeitura Municipal de Quatro Barras: http://www.quatrobarras.pr.gov.br/  
Prefeitura Municipal de Morretes: http://www.morretes.pr.gov.br/


17 comentários:

  1. Queria aproveitar o espaço do seu blog pra compartilhar a minha experiência na descida do Caminho do Itupava.
    Fiz a trilha ontem, dia 07/12/13. Fomos em um grupo de 11 pessoas, de ônibus, saindo do terminal do Guadalupe, como vc indicou no seu post.
    Começamos a trilha as 9h.

    Depois de 1km, chegamos ao acesso de uma cachoeira pequena, descemos até a cachoeira, onde já haviam mais 5 pessoas. Paramos para tirar foto e apreciar o local quando um cara chegou atirando e dando voz de assalto!!

    Fomos rendidos, tivemos arma apontada para nossas cabeças, nossos pertences foram roubados. Celulares, dinheiro, relógios, câmeras e tudo de valor, tudo com muita violência. E mais um disparo, o cara queria mostrar que não estava de brincadeira.
    Um dos meus amigos foi levado de refèm, com a arma apontada para a cabeça, para garantir que o assaltante não fosse seguido.
    Foram momentos de desespero até acharmos nosso amigo de novo.

    O pior de tudo, foi que ao retonar ao posto do IAP de Borda do Campo ninguém do IAP nos deu atenção! Só faltava o cara falar "bem feito, quem mandou ter feito a trilha?"

    A PM foi chamada no local e também disseram que não podiam fazer nada além de um BO, já que "assaltos são normais na região".
    Já em Quatro Barras, a Polícia Civil riu da nossa cara e nos tratou como se nós fossemos os bandidos. Chamou os trilheiros de "piazada que não tem o que fazer".

    Não quero desincentivar a prática de trecking ou trilhas, mas alertar quem pretende ir! Cuidado! Evitem descer na primeira cachoeira do Caminho do Itupava! Essa cachoeira deixa as pessoas encurraladas e sem ter pra onde fugir! Além disso, o acesso a ela é de mata bem fechada. Façam o caminho apenas pela trilha normal.
    Não desçam em dias que não há policiamento!! Conversem com o responsável do IAP antes de descer para verificar se os policiais estão de plantão (não é sempre que estão).

    Dessa vez, não houve uma tragédia, apenas ferimentos leves, humilhação e danos materiais. Mas talvez o próximo grupo não tenha a mesma sorte, já que essa situação está se tornando frequente, segundo o funcionário do IAP.

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  2. pelos videos e blog a trilha parece incrivel eu IA fazer .... Não vou mais como o relato acima na proxima pode não ser só danos materias .

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    1. Boa tarde....... dia 02/03/2014 fomos eu, minha esposa e meu filho para a trilha.....Eu faço a trilha desde 1992 e nunca tive a infelicidade de encontrar os maus elementos.

      Creio que dever ser feito como no relato acima, NUNCA SAIA DA TRILHA....e informar-se sobre o policiamento........Mas mesmo assim, temos que fazer um abaixo assinado a respeito, pois não podemos virar motivo de chacota......ESSES GUARDINHAS não tem espirito de aventura e acha que podem ficar tirando sarro.
      Meu nome é Ijaime.

      Um abraço e nunca deixem de fazer uma trilha por falta de competencia das autoridades.........vamos nos mobilizar.

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  3. Bom dia, já realizei a trilha por cinco vezes e em nenhuma delas tive este desprazer relatado, infelizmente ao meu ver perigo corremos em todo lugar só nos resta rezarmos pois este pais esta perdido a muito tempo.

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  4. Conheci uns caras que fazem a trilha de vez em quando, e eles disseram que o dia que este ladrãozinho os encontrar por lá ele nunca mais vai sair de lá!, viva o governo do PT que tirou o direito do cidadão de bem de andar armado, e assim os ladrões estão sempre muito certos que vão aterrorizar e assaltar e não vai dar em nada!

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  5. Isael- Londrina - 18/03/2015

    Não devemos nos intimidar com vagabundos que querem tirar as ùnicas coisas que nos restam o lazer!

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. Bom dia, preciso organizar a descida do caminho do itupava com um grupo de professores de paranaguá. preciso de guia para nos auxiliar. meu contato é michelbelo78@gmail.com

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  8. O ideal é não sair da trilha,porem o risco ainda existe,aconselho a nunca ir sozinho ou apenas um ou dois casais,quanto mais gente maior será o medo do ladrão.

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  9. Já fiz 9 vezes a trilha e nunca aconteceu nada fora do planejado. Foi feito um referendo sobre a proibição da comercialização de armas de fogo e munições.

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  10. fiz a trilha mais de 1000 vezes, conheço a cachoeira de baixo,conheço todo o trajeto...vocês só tiveram a infelicidade de cruzar com esses vagabundos, pois em 20 anos numca nos aconteceu nada, aconselho apenas a seguir sempre um guia experiente que conheça a trilha e saiba observar todos os elementos de situação ao redor...

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  11. concordo com o Antonio!!

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  12. Vou me aventurar nessa!!
    Vai ser a primeira.
    Gostaria de saber se tem grupo formado para o mês de maio?
    Abraços.

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  13. Estaremos indo sábado agora dia 25/05,/vai fazer seis graus, só para loucos... Rsrs pelo menos bandido não vai ter

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  14. Fomos agora no último domingo dia 27/10, eu pela segunda vez, é maravilhosa e intensa,e definitivamente não é para amadores, tem que ter preparo, porque ao invés de ser prazerosa, torna-se sofrida demais... Mas pra quem tem coragem vale a pena...

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  15. Ola gostaria de tirar uma duvida: ao chegar ao Santuario do Cadeado eu gostaria de acampar na estação Marumbi, esse trecho vou ter de percorrer pelos trilhos? ou tem trilha até o camping?

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